Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
"mais é claro que o Sol vai voltar amanhã, mais uma vez Eu sei.."
Tentando definir o que foi 2013 depois de gritar que foi o pior ano da minha vida , gritar que foi o ano em que mais perdi coisas importantes (o que não deixa de ser verdade) comecei a perceber que essa não era a MINHA maneira de encarar a vida. Por muitas coisas acabei me deixando influenciar pelas circunstâncias e ver a vida da maneira caótica dos outros ao meu redor, só quando parei e enxerguei quem realmente estava refletida no espelho me dei conta que esse tem sido o ano em que mais amadureci. Foi um ano de grandes transformações e isso é sempre conturbado e até doloroso,mas, se não tivesse vivido tudo isso não sairia da minha bolha maluca e talvez nunca mais me reconhecesse, viveria apenas expectativas alheias.
Percebi o quanto pesa ser adulta, no seu modo mais material, o quanto as pessoas podem mudam e te mudam também e assim pude reconhecer que existem coisas que eu nunca aceitarei pra ter dinheiro e carreira. Não vendo mais meu tempo por dinheiro algum, isso será apenas uma consequência e reconhecimento pelo meu esforço nas tarefas que me fazem bem. E isso tem dado certo desde então.
Descobri que consigo muito bem ser totalmente independente, pagar contas e todo o pacote, porém percebi que nada disso importará quando não tiver mais aquela que se privou de tudo pra moldar como o que sou, assim abri mão disso para estar com ela o máximo possível.
Incrivelmente depois tantos anos confortáveis de farra e amores casuais, abri meu coração pra alguém que me fez perceber o quanto é bom amar e sentir o corpo quente, o quanto é intenso a decepção e a renovação depois, enfim com ele acordei meu "coração gelado" (como já me chamaram) e agora dou me a oportunidade de sentir seja lá o que for, pois às vez chorar de amor também faz bem.
Encontrei pessoas maravilhosas que me proporcionaram os dias e noites mais incríveis dessa década, de todas as formas possíveis aproveitei essa cidade incrível com elas, pelas arte, pela noite, pelos bares, até pelos ares. Coloquei alguns nomes a mais minha lista tão singela de amigos, pois conheci pessoas que me deram força e sua amizade sem pretensão nenhuma e faz com que eu as leve por muito tempo em minha vida.
2013 foi sim um ano TREZE, mas sei que isso não significou que foi tão ruim assim, na verdade foi ótimo.
Aproveito o espaço pra me apresentar "formalmente", já quero virar o ano mostrando realmente quem sou, não mais sendo igual a outros ou apenas suprindo expectativas. meu nome fictício tem mesmo muito a ver comigo mas realmente não supera quem Eu sou. Muito prazer meu nome é Audrea.
Desejo um ano incrível pra todos nós!
Feliz ano novo.
Confissões de Bar no Face!
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Mais uma dose, por favor!
Foram tantos os amores sofridos, chorados até a
última gota, desses que esgotam e reviram a alma, vividos até o fim. E não
pense que, por terem sido tantos, foram menos intensos, menos impactantes ou não tiveram valor, não.
Quantos deles começaram em março? Eram rápidos, lívidos e devastadores, tanto
que já em maio desaguavam pra longe, me deixaram pequena, com o coração menor
que uma semente de girassol, com a alma inquieta, inconformada, confusa porque
até abril tudo parecia promissor, novos rumos, olhares trocados, os sorrisos
brotavam entre uma frase e outra, os atos falhos revelavam nomes que eram como
pedaços de doce derretendo na língua...
Daí terminava abril, como sempre
termina, e levava tudo pra bem longe, pra baixo. Outro engano batia na porta
com um imenso balde de água fria, ria e ia embora. O que ficava até agosto,
além do frio e do desgosto, era sempre ela, a velha companheira dor, me
servindo copos e mais copos de desilusão, da mais forte que se tinha.
Foram
tantos amores, amores sem conta, amores ardidos, amores de verdade, amores e
mais amores... Quantas vezes deixei o coração sonhar e acreditar? Quantas vezes
me fechei em orações repetidas pra acreditar que tudo passa e tudo vale a pena?
Hoje olho pra eles e penso, "por que teve de doer tanto. O que
ficou de cada um deles? Quantos ainda cruzam o meu caminho ou o meu olhar?
Quantos deles deviam ter ficado? Ou quantos não deveriam nem ter vindo?".
Foram tantas as doses de desilusão, que eu, justo eu que sempre defendi o amor em qualquer situação que fosse, eu não estou mais disponível pra sangrar outra vez, não estou mais aqui pra estender as mãos, disposta a caminhar ao lado de alguém e sonhar e sorrir. Não quero mais esse filme. Não vou ficar aqui achando que há alguma possibilidade de que ele enxergue o quão grande eu posso ser, o quanto eu tenho pra dividir e ensinar, quanto carinho há em mim e como posso ser boa amante. Quero outras rodadas de desilusão, da melhor safra, pra ficar acordada o tempo que for preciso e não sonhar mais. Tenho esse direito depois de tantos amores frustrados.
Quero ficar só com os meus caquinhos, em silêncio e respeito sem qualquer peça da vida. Mais uma dose, por favor!
Foram tantas as doses de desilusão, que eu, justo eu que sempre defendi o amor em qualquer situação que fosse, eu não estou mais disponível pra sangrar outra vez, não estou mais aqui pra estender as mãos, disposta a caminhar ao lado de alguém e sonhar e sorrir. Não quero mais esse filme. Não vou ficar aqui achando que há alguma possibilidade de que ele enxergue o quão grande eu posso ser, o quanto eu tenho pra dividir e ensinar, quanto carinho há em mim e como posso ser boa amante. Quero outras rodadas de desilusão, da melhor safra, pra ficar acordada o tempo que for preciso e não sonhar mais. Tenho esse direito depois de tantos amores frustrados.
Quero ficar só com os meus caquinhos, em silêncio e respeito sem qualquer peça da vida. Mais uma dose, por favor!
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Um dia sem final feliz.
O que vai acontecer se
não encontrar ninguém que me faça sentir?
Se o tempo passar e eu
continuar aqui?
Se não sentir mais
nada?
Se não tiver mais o
que sentir?
O que eu faço sem seus
abraços?
Outros abraços não me
cativam. Eu estou tentando olhar pros lados.
Eu vejo vc vivendo sem
mim e também quero isso: seguir. mas é tão difícil. Os sorrisos são sempre os
mesmo, os assuntos não tem graça, os olhos não brilham...
Será que ando exigindo
o que também não tenho?
Será que vou te
superar?
Tenho algo a superar?
Será que sou eu? Meti os
pés pelas mãos? Não tentei bastante?
Não te ouvi? Não me
abri?
Ou foi o destino? Ou foi
você? Ou não foi nada disso?
Será que eu sou ímpar?
Um navio solitário? O coringa que ficou fora do jogo?
Porque não fui sua
escolha?
Será que um dia eu fui
opção?
Opção? Escolha? Sentido?
Destino? Vida?
Aff... Que vida...
Quero uma cerveja
agora!
São muitas perguntas que sei, não terão
respostas. E se tiverem eu não gostarei de ouvir. No fundo eu já as ouvi. E não
gostei..
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
coração partido... mente bagunçada
O aperto no peito cresce
Mas a lágrima teima
em não cair...
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
terça-feira, 20 de agosto de 2013
o que eu queria mesmo te dizer...
O tempo... Construção da humanidade para que possamos saber
que as coisas passam e que outras ainda virão. Relutei a acreditar, fiz birra
pra admitir; mas sim: Amei você. Foi um
amor tão sincero que chegou e eu nem percebi, só quando já estava aqui
palpitando em mim. Não soube bem o que fazer com ele, fingi que não estava
aqui, segurei pra ti falar, mas num tempo que tinha que ser, não da maneira
mais perfeita mas... Falei. Amo Você.
Sei que essas coisas assustam a gente, mas ou eu falava ou
explodiria. Porém, como o tempo passa o que era nosso se foi e só ficou o que
era meu: o amor que era pra vc ficou aqui.
Li esses dias “quando o amor chega alguém sempre parte”. Você partiu
mas ligou uma parte de mim que não era
usada a mto tempo, o meu coração...
Ao dormir nos seus braços descobri o tipo
de amor que quero cultivar, percebi que
as pequenas coisas são as que me agradam, que uma conversa sincera mesmo que
curta vale muito mais que esses debates que tenho travado tanto nesse ano.
Primeiro achei que não, eu admito, mas agora que a dor passou sei que tudo
valeu a pena. Amor “intenso” que em
todas as suas dimensões e sentidos despertou uma paixão que não conseguia
controlar nem conter por mais que tentasse. Larguei tudo pra estar com vc, Te
esperei por horas e dias, fiquei brava, chorei, desculpei, briguei. Senti . Senti. Senti. E ainda sinto.
Foi no tempo certo que tudo aconteceu, tbm foi nesse mesmo
tempo que se acabou. Eu te amo e ainda amarei por um bom tempo, mas não dói
mais te amar. Talvez um dia vc volte, me traga flores, balões de coração.
Talvez a gente vire amigo e ria de tudo isso. Ou vc nunca volte, me esqueça,
porque eu fui só mais uma no seu mundo.
Não me importo. Seu olhar, seu sorriso, seu cabelo, tudo em você fez valer a
pena. Eu não queria desistir de você.
Mas o nós não era possível só comigo, precisava de você e o tempo não
deixou. Mas tudo bem, não tinha a
pretensão de te prender ou coisa parecida. Só queria você enquanto você também
me quisesse. E assim foi... eu acho, tudo no tempo certo...
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
terça-feira, 23 de julho de 2013
Roteiro pra filme nenhum
Esse texto lindo foi presente da Mayra Borges, do blog Era Outra Vez Amor,
um blog que eu amo de verdade e mais que recomendo. Muito obrigada, Mayra, espero ganhar mais presentes seus pra cá, será sempre uma honra!
Fiquei mto contente, espero que se deliciem!
Eu
caminhava pela rua quando de repente senti uma mão segurar a manga da minha
camisa e qual não foi minha surpresa ao me virar e dar de cara com ela, sim,
com ela mesma. De carne e osso como dizem sem esquecer de ressaltar aqueles
olhos castanhos que me faziam esquecer os bons modos, por Deus, que olhos!
-Oi,
quanto tempo hein?_ isso foi ela com um sorriso do tamanho do mundo no rosto.
-Oi.
Verdade, quanto tempo. Por onde andou se escondendo?_ e isso fui eu me arrependendo
instantaneamente de ter dito a palavra “escondendo”. A verdade é que achei que
dizendo aquela palavra pudesse dar a impressão de tê-la procurado, não queria
que soubesse, não queria que sequer pensasse que eu não havia mudado. Cocei a
cabeça um tanto sem graça.
-Tenho
estudado, trabalhado, cê sabe, essas coisas._ela respondeu com aquela voz um
tanto rouca um tanto doce, um tanto seca, um tanto linda.
Coloquei
as mãos nos bolsos, estava começando a ficar nervoso.
-Legal._respondi,
quase gago.
Pensei: não,
não é nada legal na verdade isso é um saco. Resolvi continuar encenando,
“apenas bons amigos” Fora isso que ela me dissera antes de me quebrar em mil
pedaços? Acho que sim. Continuei calando meus gritos de indignação e fingindo
que aquele diálogo casualmente idiota e superficial realmente me importava.
Continuei com as mãos nos bolsos, segui disfarçando a vontade de agarrar aquela
mulher de beijá-la da forma mais sincera que eu pudesse, um beijo para deixá-la
frouxa e sem ar.
-E você?_ela
perguntou me tirando do ligeiro transe causado pelos meus devaneios mal
intencionados.
“-O de
sempre, tenho tocado cada dia pior. Estudado, ou melhor, tenho ido pra
faculdade dormir nas aulas e combinar de sair com umas garotas estúpidas no fim
da noite.” Pensei em dar esse tipo de resposta mal criada e completamente
sincera, mas no meio do caminho desisti editei a frase que ficou mais ou menos
assim:
-Tenho
sobrevivido, eu e meu violão._ tentei sorrir e acho que fui convincente.
-Nossa!
Você não mudou nada.
Merda, ela
havia me pego no flagra! Devo ter feito uma careta nessa hora porque ela sorriu
e desviou os olhos como se conhece aquele meu gesto há tempo, numa confirmação
muda de “Ta vendo ainda com o mesmo tique nervoso, você não mudou” sim ela
ainda me conhecia bem.
-E isso é
bom?_ improvisei.
Ela sorriu
e eu entendi que se bom não era ruim também não. E de repente eu já não
conseguia mais entender o que estava acontecendo ali. Ficamos naquele silêncio
estranho em que os olhares dizem tudo, mas a confusão é tão grande que a gente
não consegue entender muita coisa e evita encostar-se ao olhar do outro pra não
doer.
-Acho que
é isso então._disse ela, baixinho como se falasse mais para si mesma que pra
mim.
-Isso o
quê?_meu coração disparou loucamente, coloquei a mão no peito devagar, porque
tinha a sensação que a batida era tão violenta que se ela olhasse poderia ver o
tremido sob a camisa, pendendo pro lado esquerdo.
-Isso,
hora de eu voltar ao meu esconderijo e você de voltar a sobreviver com seu
violão._ela falava cada vez mais baixinho, mas sem deixar o sorriso vacilante
sumir dos lábios rosados.
“É isso?
Apenas isso? Não, não deixe que seja cara, não a deixe ir” Meu pensamento tava
mesmo gritando comigo? Será que ela conseguia ler meus pensamentos? Será? Maior
viagem e eu nem estava drogado. Os pensamentos se confundiram e eu balancei a
cabeça rápido como se o gesto fosse capaz de organizar aquela confusão. Ela me
olhou confusa, juntou as sobrancelhas e cruzou os braços como se estivesse com
frio. Respondi automaticamente:
-É, acho
que sim._ mas algo dentro de mim dizia que não deveria ser só isso.
-Então
tchau._ela disse por fim deixando o sorriso sutil sumir do seu semblante.
-Tchau._sussurrei.
E aquilo
foi tão estranho quanto o fato de não sentir frio no pólo norte seria. Acho que
doeu mais do que a primeira vez, será que doeu? Será que doeria mais ainda
depois que ela fosse embora pela segunda vez? Será? A superficialidade acabaria
me matando, precisava fazer alguma coisa, mas o quê?
Ela deu as
costas devagar como se esperasse que eu fosse dizer mais alguma coisa, e eu
senti que precisava dizer. Gritei, não era preciso gritar, ela me escutaria até
se eu sussurrasse, mas foi a força do gesto que falou por mim:
-Ei!
Ela se
virou, assentiu com a cabeça e esperou que eu falasse.
Sabe, eu acredito que existam
certos momentos na vida em que a gente tem mesmo é que forjar amnésias.
Esquecer o que houve e arriscar. Desmemoriados como a Dory de Procurando Nemo.
“Não é hora de pensar em desenho animado” alguém gritou dentro de mim, nunca
ouvi falar que o amor fosse capaz de dar conselhos, mas eu descobri que é
possível, basta precisar muito.
-O que foi?_ela me encarava
impaciente. Ela me olhava e aqueles olhos pareciam querer sugar-me pra dentro
dela, loucura!
Perguntei:
-E
se?
Ela juntou
as sobrancelhas. Eu não fazia ideia do que deveria dizer, mas sabia que
precisava dizer alguma coisa então o medo de dizer alguma merda atravessou meu
corpo como um calafrio, resolvi que se o amor queria falar, pois então que
falasse e rápido.
-Se o quê?_ela
perguntou num misto de expectativa e pressa.
Eu estava
na chuva, sem guarda-chuva, tinha mesmo era que me molhar. Conversa de doido?
Que seja, ela ia entender, ela sempre entendia. Foquei nessa incerteza e fui.
-E se eu
não quiser sobreviver?_minha voz tremeu.
-Não sei._
ela me olhava confusa, será que viraria as costas outra vez? Meu coração agora
estava aos berros e eu era um misto de tudo que há nesse mundo.
-E se você
não quiser voltar pro seu esconderijo?_minha voz se firmou de uma coragem até
então desconhecida por mim.
-O que
seria então? O que você sugere?_um sorriso largo se formou no rosto dela. E
esse foi o momento mais foda, porque aquele sorriso iluminou aquele rosto
pequeno e cheio de pintinhas marrons e eu senti como se estivesse me
apaixonando por ela de novo, mais uma vez, era essa sensação que o sorriso dela
me proporcionava, bastava sorrir pra eu me apaixonar, de novo e de novo
infinitas vezes.
-Bem, acho
que tomar algumas cervejas e jogar conversa fora não seria uma má idéia no
final das contas._cruzei os dedos dentro dos bolsos, será que ela percebeu?
-Não, não
seria mesmo.
-Então e
se?_brinquei ainda incrédulo.
-E se?
Rimos
juntos pela primeira vez em tanto tempo. E isso foi tão estranhamente familiar
que eu poderia ficar ali mesmo pro resto da vida – me apaixonando pela mesma
mulher pra sempre – e ficaria se o tempo não me obrigasse a andar.
-"E
se" é que eu não quero voltar pro meu violão agora._ eu disse, finalmente
me permitindo olhar dentro daqueles olhos castanhos com pintinhas verdes.
-Nem eu
quero que você volte._ela estendeu a mão, oferecendo-me o braço. Eu me inclinei
para enlaçar o meu braço ao dela.
Foi ai que
paramos, ali no meio da rua. Dois conhecidos e estranhos ao mesmo tempo. Quanto
tempo havia se passado? É impossível contar uma eternidade de ausência. Dois
idiotas, eu estava feliz, feliz demais, feliz de novo a história poderia
terminar aqui, mas ai eu estaria mentindo, traindo a vida real, então continuo;
no momento em que enlacei meu braço ao dela tudo sumiu e ficou escuro, um
barulho seguido por um silêncio absurdo.
E então eu
acordei, e foi estranho acordar depois daquele que tinha sido o sonho mais real
da minha vida. Vi garrafas de cerveja sobre a mesa e os cinzeiros cheios. Foi
aterrador descobrir que eu sequer havia saído do meu apartamento sem graça. Foi
a sensação mais destrutiva que senti ao perceber que tudo aquilo não passara de
uma ilusão, mais um sonho pra eu guardar na gaveta de lembranças
angustiantemente lindas. Nada passara de uma esperança infundada. Ensaiei
palavras novas, mais um roteiro que nunca viraria filme. Um roteiro para o caso
de encontrá-la por ai, mas ela não voltaria, nunca mais. E tudo que eu poderia
fazer era tentar ficar bem, como nos planos que fazíamos. Levantei, peguei uma
sacola de lixo, esvaziei os cinzeiros, joguei as garrafas, joguei tudo fora,
coloquei um casaco, fui à praia, o vento estava forte, subi nas pedras e... Olha
só o que eu achei: Cavalos marinhos.
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
domingo, 5 de maio de 2013
um pequeno conto sobre o abraço
Ela
se desconectava depois de fazer amor, voltava a sua realidade, a verdade
feminina estampada em camisetas ou impressa em colunas feministas. Satisfeito o
seu libido, seus desejos mais carnais racionalizava sobre seu mundo dando as
costas aos parceiros mais banais, cafajestes e vamos lá pode dizer eram
inteligentes, porém, boçais. Mas ela era feliz assim não havia porque dizer o
contrário. Equilibrada e ciente de suas ações premeditava os passos alheios e
aceitava os flertes que lhe agradavam.
Nos momentos de fulgor os corações batiam ao
mesmo ritmo, os movimentos eram intensos imersos numa paixão forte e
instantânea, que findava ao deslizar do parceiro para o lado da cama enquanto
ela colocava o mais clichê dos pijamas.
E todas as noites eram assim gostosas, mas
superficiais no fim. Até que numa dessas madrugadas como um forte laço ela foi
abraçada. Com braços, membro, pernas ela foi envolvida num abraço de alguém que
dormia. Não queria acordá-lo então não se mexia, mas como não estava acostumada
com aquilo também não adormecia.
Pensou tanto no acontecimento que acabou
dormindo e acordou num doce momento; também o abraçara enquanto dormiam e seus
corações num mesmo ritmo batiam. A respiração dele em sua pele a fazia pensar o
quão bobo e sem sentido era tudo aquilo que lia e consequentemente fazia. Como
perder o momento em que o homem se mostrara mais sensível, de olhos fechados,
com seus braços em seu corpo, quanto mais ela se afastava, mais com aqueles
braços ele a apertava. Não era de todo o ruim ficar com o corpo dormente se
fosse por ficar embaixo daquelas pernas grossas, daquele homem forte.
Os braços dele em seu corpo impediam na de
sentir frio, a protegiam de seus pesadelos. A noite podia ser eterna se ambos estivessem
ali, envoltos naquele abraço que para ele poderia ser uma das coisas mais
singelas, mas que nela despertara algo que a muito não sentia...
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
sábado, 6 de abril de 2013
Eu, você e o tempo.
Espero o momento de reencontrá-lo
E mesmo que por um instante sentir seu cheiro,
Seus braços, seu eu, seu
e meu.
O tempo é algo que nos pune, distancia,
Que faz sua lembrança branda, intensa, imensa,
Mas perdida no caos.
Desalentos desencontros;
Entres as ruas e as
tarefas um sentimento vai se desenhando,
Meio sem pressa contando
os minutos e guardando memórias para o tempo certo.
24 horas construídas em papéis, trajetos, trabalhos,
Janelas, escadas, telas, elevadores, corredores, concretos.
E eu consumida na esperança de que em uma dessas janelas ou
telas
Seu olhar encontre o meu.
Mas quando nossos
ponteiros marcam o mesmo instante,
As horas se tornam infinitas;
Bonitas em meio aos abraços, os laços,
As falas e conversas sem começo ou fim.
Assim o tempo perde seu espaço,
Pois ao compasso de nossos beijos
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Aquele bar já viu cenas melhores
Eu estava ali sentada no balcão escuro daquele bar, sozinha. Na verdade nem tão sozinha assim, pois me lembrava e via cada cena vivida: o primeiro encontro e você dando uma de herói, minha cara feia dizendo que sei me cuidar sozinha, e como prova maior: eu ali, no balcão, sozinha. E também aquela véspera de natal, aquela sexta feira, você abrindo a porta do carro e eu ironizando "ai meu Deus, ele é cavalheiro!". Eu estava ali pensando em como sempre tivemos papéis invertidos: eu durona e fingindo que não ligava, você fingindo se importar e... e que é melhor deixar essa parte pra lá, já que agora estava ali naquele balcão, daquele bar, sozinha.
Mais uma cerveja, mais uma música boa (mais uma lembrança) e com a mesma cara de durona, como se nada daquilo estivesse sendo revivido por mim logo ali dentro. Tanta coisa que eu tive que matar, mesmo sem querer e acho que era por isso que estava ali, tentando reencontrar outra vez aqueles tempos, aquelas sextas, só o que não esperava era te encontrar ali de verdade.
Só o que eu não esperava era um encontro tão esquisito, cheio de coisas acontecendo nas entrelinhas e nada acontecendo de fato. O modo como você me olhou era tão típico, me quebrava em mil partes em um só instante, me enchia de vontade de que aquilo não estivesse acontecendo (embora estivesse cheia de vontade de te ter ao alcance dos olhos e das mãos), enquanto você se aproximava, eu tentava (tarde de mais) deduzir o que mais tinha pra dizer.
Já havia imaginado esse momento mais de um milhão de vezes, desde o fim (que não parecia mais acabar, até que o silencio caiu sobre nós, até esse dia), mas não imaginava que aconteceria, não imaginava o que seria dito, não podia imaginar isso, não podia fechar os olhos e te ver, não tinha a menor ideia do que estava pra acontecer ali...
Cada vez mais perto, como se estivesse em câmera lenta, minhas reações congeladas, meu coração disparado, minhas mãos tremendo, você abriu um sorriso, aquele sorriso... Você podia ter só acenado, podia ter feito um gesto torto, podia ter entendido o que isso significou pra mim e ter passado longe, podia nem estar ali, naquele bar. Mas estava e chegava cada vez mais perto, as pessoas em volta viraram borrões, a música virou um barulho surdo, senti minha long neck escorregar, era você que estava a menos de um palmo, pronto pra tocar meu rosto, minha alma em pânico.
Aquela conversa clichê de "oi, tudo bem, como vai, quanto tempo? Desculpe, pago outra cerveja pra você, desce uma aqui pra ela, por favor, na minha comanda!", como é que fomos parar nisso? Quando foi que paramos de nos tratar com aquela intensidade, cada palavra era uma jogada perigosa e agora isso? A última vez que nos encontramos o seu corpo estava em cima do meu, completamente suado, você dizia uma série de absurdos que me arrancavam sorrisos e reações sacanas, nossas mãos não paravam quietas... dávamos um amasso no carro esperando o farol abrir... e agora isso?
Agradeci a cerveja. Perguntei o que estava fazendo ali (nem mencionei o seu namoro, embora quisesse), soltei uma resposta atravessada que mal me lembro qual foi ( prova de que ainda não te esqueci, de que não queria que fosse assim, de que não queria viver essa cena ridícula, queria era agir como sempre agi: ser grossa e te jogar na parede, provocar suas reações, mas era tão tarde pra isso). Você me segurou pelo braço e aquela foi a primeira vez em que não precisei reagir de forma agressiva pra que pudesse entender algo, meu olhar falou em silêncio: "Foi você quem quis assim!".
"Vou nessa..." lembro de ter dito quando puxei meu braço de volta. Sumi no meio da multidão e não te vi mais naquele bar pelo resto da noite.
Definitivamente aquele bar já viu cenas melhores...
Só o que eu não esperava era um encontro tão esquisito, cheio de coisas acontecendo nas entrelinhas e nada acontecendo de fato. O modo como você me olhou era tão típico, me quebrava em mil partes em um só instante, me enchia de vontade de que aquilo não estivesse acontecendo (embora estivesse cheia de vontade de te ter ao alcance dos olhos e das mãos), enquanto você se aproximava, eu tentava (tarde de mais) deduzir o que mais tinha pra dizer.
Já havia imaginado esse momento mais de um milhão de vezes, desde o fim (que não parecia mais acabar, até que o silencio caiu sobre nós, até esse dia), mas não imaginava que aconteceria, não imaginava o que seria dito, não podia imaginar isso, não podia fechar os olhos e te ver, não tinha a menor ideia do que estava pra acontecer ali...
Cada vez mais perto, como se estivesse em câmera lenta, minhas reações congeladas, meu coração disparado, minhas mãos tremendo, você abriu um sorriso, aquele sorriso... Você podia ter só acenado, podia ter feito um gesto torto, podia ter entendido o que isso significou pra mim e ter passado longe, podia nem estar ali, naquele bar. Mas estava e chegava cada vez mais perto, as pessoas em volta viraram borrões, a música virou um barulho surdo, senti minha long neck escorregar, era você que estava a menos de um palmo, pronto pra tocar meu rosto, minha alma em pânico.
Aquela conversa clichê de "oi, tudo bem, como vai, quanto tempo? Desculpe, pago outra cerveja pra você, desce uma aqui pra ela, por favor, na minha comanda!", como é que fomos parar nisso? Quando foi que paramos de nos tratar com aquela intensidade, cada palavra era uma jogada perigosa e agora isso? A última vez que nos encontramos o seu corpo estava em cima do meu, completamente suado, você dizia uma série de absurdos que me arrancavam sorrisos e reações sacanas, nossas mãos não paravam quietas... dávamos um amasso no carro esperando o farol abrir... e agora isso?
Agradeci a cerveja. Perguntei o que estava fazendo ali (nem mencionei o seu namoro, embora quisesse), soltei uma resposta atravessada que mal me lembro qual foi ( prova de que ainda não te esqueci, de que não queria que fosse assim, de que não queria viver essa cena ridícula, queria era agir como sempre agi: ser grossa e te jogar na parede, provocar suas reações, mas era tão tarde pra isso). Você me segurou pelo braço e aquela foi a primeira vez em que não precisei reagir de forma agressiva pra que pudesse entender algo, meu olhar falou em silêncio: "Foi você quem quis assim!".
"Vou nessa..." lembro de ter dito quando puxei meu braço de volta. Sumi no meio da multidão e não te vi mais naquele bar pelo resto da noite.
Definitivamente aquele bar já viu cenas melhores...
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Quando sair, tranque a porta (e jogue as chaves)
Não se coloca um ponto final em
uma história a toa.(seja ela qual for: grande ou pequena, intensa ou leve,
fantasiosa ou verdadeira) Ponto final é a medida drástica, é atirar-se no abismo
e saber que nunca mais vai ter continuidade, é abrir-se ao inesperado e
desapegar completamente.
Ponto final é decisão e desintoxicação, fechar uma porta, trancá-la, jogar a chave no mar, forçar-se a parar de ir aqueles lugares em que as lembranças colidem com seus sentimentos, é colocar uma lápide sem qualquer frase e abrir mão de ficar pensando naquilo durante dias cinzas e chuvosos, parar de procurar aquele rosto no meio da multidão na Av. Paulista. É colocar-se de castigo pelo próprio bem, evitar que algo pior aconteça. É uma renuncia, como toda escolha. É um tiro certo. É virar as costas e desprezar.
Ponto final é decisão e desintoxicação, fechar uma porta, trancá-la, jogar a chave no mar, forçar-se a parar de ir aqueles lugares em que as lembranças colidem com seus sentimentos, é colocar uma lápide sem qualquer frase e abrir mão de ficar pensando naquilo durante dias cinzas e chuvosos, parar de procurar aquele rosto no meio da multidão na Av. Paulista. É colocar-se de castigo pelo próprio bem, evitar que algo pior aconteça. É uma renuncia, como toda escolha. É um tiro certo. É virar as costas e desprezar.
Quando se decide por ele é porque
já não há mais tempo a perder, é dar a cara a tapa para o tudo ou nada, então
pense antes de fazê-lo, mas não espere demais pois, quando se enrola pra
colocá-lo, as reticências aparecem automaticamente. Não queira continuar o que já acabou, não tente assegurar ou capitalizar uma história, um coração... ao menos não tente fazer isso comigo. Eu não espero quem não quis ficar, eu não choro mais o leite derramado e não fico mais olhando pra trás, esperando te ver na curva, apesar de toda a saudade, de toda a vontade de que nada disso tivesse acontecido, de toda a vontade de não precisar ter colocado um ponto final, agora é só ponto, final. E afinal de contas quem decidiu por ele foi você, agora siga em frente, cabeça reta, espinha ereta, o horizonte é todo seu e nossos caminhos já não se cruzam mais.
**Por que será que eu sei que tem alguém pensando em mim? Por que será que eu sei que tem alguém que acha que pode voltar? =\
***Por que essa saudade?
aff... ê Ludi, viu...
**Por que será que eu sei que tem alguém pensando em mim? Por que será que eu sei que tem alguém que acha que pode voltar? =\
***Por que essa saudade?
aff... ê Ludi, viu...
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Ponto de partida
Em todo o caso, já que está realmente interessado em entrar na minha vida e explorar algumas zonas dela, eis que lhe deixo alguns conselhos...
Eu não perco tempo com aquilo que não vai me servir... Não gasto tempo nem energia, o que não é útil eu descarto, até porque pode não ser útil pra mim, mas pode ser para outra pessoa.
Se ousar algum dia me dizer "estou com saudades de você", por favor, não fique apenas nas palavras! Dizer só por dizer não vai fazer de você alguém especial, não vai fazer com que eu me encante, pelo contrário, vou bocejar, dizer "obrigada" seguido de "boa noite, vou dormir!".
Quer me encontrar? Não meça esforços, vá me ver no bar, em casa, no meio da rua, na saída do trabalho... mande um torpedo dizendo que está a minha espera a menos de 15 passos de onde estou.
Marque minhas lembranças com sinceridade e simplicidade, esse é o caminho pra me prender para o resto da vida (ou até onde houver o ponto final).
Leve-me no lugar em que mais gosta de ir, mostre-me onde é que você encara seus pensamentos mais profundos.
Faça-me sorrir com coisas singelas, uma mensagem, um sonho de valsa, um livro de bolso, brincos de bijuteria...
Também quero conhecer sua praia preferida, a paisagem que mais chama sua atenção... quero que divida suas preciosidades.
Valorize minha companhia, me dê espaço, me deixe sentir saudade e também segurança.
Não controle meus atos, nem palavras, nem amizades , nem os lugares e horários que possa ir. Gosto de "respirar amor aspirando liberdade". Apoie minhas fases, critique meus erros, não se afaste quando eu estiver de TPM (me encha de mimos e não contrarie). Continue saindo com os amigos, explique qualquer mal entendido, não perca seu espaço, não abra mão das suas amizades.
Recomende seus livros preferidos, fale do que faz no trabalho, comente o futebol (mas não fale só disso). Me leve pra dançar, pra jantar a luz de velas ou numa churrascaria ou numa lanchonete... mas faça ser especial, faça com que eu me apaixone por cada detalhe. Sempre me faça sorrir.
Não deixe histórias mal contadas, não evite falar das suas ex-namoradas, tenha ciúmes de leve (mas confie em mim), ligue de surpresa, mande torpedos de madrugada. Surpreenda-me. Planeje viagens ou queira viajar comigo, esforce-se por mim. Mande flores se quiser, se não quiser só seja presente na minha vida.
Tome decisões, diga suas fantasias, entenda meus nãos e mudanças de humor, não desista quando eu tiver medo, quando você tiver medo: me diga.
Não tente me enganar, não me deixe falando sozinha, termine os diálogos. Se eu disser que é ponto final, é ponto final.
Marque minhas lembranças com sinceridade e simplicidade, esse é o caminho pra me prender para o resto da vida (ou até onde houver o ponto final).
Leve-me no lugar em que mais gosta de ir, mostre-me onde é que você encara seus pensamentos mais profundos.
Faça-me sorrir com coisas singelas, uma mensagem, um sonho de valsa, um livro de bolso, brincos de bijuteria...
Também quero conhecer sua praia preferida, a paisagem que mais chama sua atenção... quero que divida suas preciosidades.
Valorize minha companhia, me dê espaço, me deixe sentir saudade e também segurança.
Não controle meus atos, nem palavras, nem amizades , nem os lugares e horários que possa ir. Gosto de "respirar amor aspirando liberdade". Apoie minhas fases, critique meus erros, não se afaste quando eu estiver de TPM (me encha de mimos e não contrarie). Continue saindo com os amigos, explique qualquer mal entendido, não perca seu espaço, não abra mão das suas amizades.
Recomende seus livros preferidos, fale do que faz no trabalho, comente o futebol (mas não fale só disso). Me leve pra dançar, pra jantar a luz de velas ou numa churrascaria ou numa lanchonete... mas faça ser especial, faça com que eu me apaixone por cada detalhe. Sempre me faça sorrir.
Não deixe histórias mal contadas, não evite falar das suas ex-namoradas, tenha ciúmes de leve (mas confie em mim), ligue de surpresa, mande torpedos de madrugada. Surpreenda-me. Planeje viagens ou queira viajar comigo, esforce-se por mim. Mande flores se quiser, se não quiser só seja presente na minha vida.
Tome decisões, diga suas fantasias, entenda meus nãos e mudanças de humor, não desista quando eu tiver medo, quando você tiver medo: me diga.
Não tente me enganar, não me deixe falando sozinha, termine os diálogos. Se eu disser que é ponto final, é ponto final.
Esse é o ponto de partida pra seguir na minha vida e o contrário também serve, não faça nada disso se não quiser ficar.
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Durma bem, meu amor!
Eu só escutava o som da sua rua la embaixo, ao longe, pq no quarto estava tudo quieto (a não ser pelo som da sua respiração sonolenta e pesada), a meia luz, sentindo seu abraço, eu não conseguia dormir.
Era tudo o que eu queria nos últimos meses e ali estava então, depois de tanto querer, tanto dizer, tando desejar, tanto sonhar (acordada ou não), estava ali, finalmente nos seus braços, satisfeita, calma, nua.
Fazia calor, mas não era isso que tirava o meu sono. Na verdade estava extasiada, querendo devorar cada segundo dali, decorando cada pedacinho da cena que sabia que não ia mais ver pessoalmente, decorando cada canto do seu quarto, repassando na mente os cheiros, sensações, cada pedaço do seu corpo, olhei bem pra suas mãos, uma das partes que mais gosto em ti. Fotografei tudo calma e mentalmente.
Me aninhei bem junto ao seu corpo, sonolento, me puxa mais pra perto, sentindo o ar sair do seu nariz e passar pelo meu ouvido.
Era uma paz absurda aquela ali, quando virei de frente pra vc, pude ver seu rosto sereno, sem expressão e só de saber que não precisava de teclado, de sms pra dizer boa noite, me dava vontade de desmanchar de alegria e ficar ali para o resto da minha vida, olhando pra vc enquanto dormia. Não queria que aquela noite amanhecesse nunca, mas sabia que uma hora o sol ia bater na janela, acabar com meu sonho e minha paz e me mandaria embora.
Você cabia perfeitamente no meu sonho, encaixava como ninguém no meu corpo, apertava os botões certos. De você sempre tive carinho na medida exata, palavras doces ou quentes, você me completou e isso ninguém vai poder arrancar de mim, nem a distância, nem o tempo, nem novos amores.
E embora eu tivesse vontade de ficar ali para o resto da minha vida, já tenho a melhor coisa que você podia ter me dado, a chance de dizer "durma bem, meu amor!" pessoalmente.
Nós dois lutamos muito para que desse certo, mas infelizmente algumas coisas na vida simplesmente não são... E essa história foi sem ser, durante um bom tempo. Nós brigamos com os fatos, insistimos nesse caminho e só ficamos ali, juntos aquela noite por pura teimosia, por um sentimento tão dominante que não estava nos planos nem do destino e nem dos deuses, nenhum deles poderia imaginar esse contratempo que demos o nome de amor...
Fomos tomados dessa insanidade e rapidamente as contradições explodiram contra nós numa chuva incontrolável. Eu aqui, tu lá.
Se perder o rumo ou o controle, só pensar em você, respiro seu nome e tudo fica bem. Seu amor sempre vai me fazer bem, mesmo que tenha que desistir de ser. Mesmo que nunca mais possa lhe dizer pessoalmente. "Durma bem, meu amor!"
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Uma kitnet na Av. São João, uma manhã de sol e um amor de verdade
E dai eu acordei com a luz do sol de uma linda manhã no meu rosto, respirei fundo, como que assustada, senti um peso de um braço em volta de mim. Abri os olhos, ressaca foi a primeira constatação e a segunda: não, eu não sabia onde estava e muito menos de quem poderia ser aquele braço branquelo em cima de mim.
Passeei com os olhos analisando o lugar em que estava. Uma kit com roupas e bagagens desfeitas para todos os cantos, uma prateleira cheia de livros, nenhum espaço pra achar o chão, edredom verde musgo, cheiro de perfume masculino (dos bons), minha bolsa com meus brincos e pulseiras num cantinho da bagunça, meus sapatos de poa perto da porta de entrada, nem sinal das minhas roupas.
Tentei buscar na memória de quem poderia ser aquele braço ou ao menos o que eu tinha feito antes de ir parar ali com o dono dele. Recapitulando os passos (e os goles): aniversário da Mulher do Reike, ela me ligou bêbada dizendo que quase ninguém havia lembrado da data comemorativa, me chamou para encontra-la na Av. Paulista, fomos para a Vila Madalena, ela (cambaleando horrores) pediu informação para um motoboy estranho que estava num canto escuro da rua e com um volume bizarro no meio das pernas e entre as mãos... Nos livramos dele e eu resolvi alcançar o grau dela de "alegria". Ok.. e o dono do braço?
Tinha uma leve ideia, que eu sabia que ia se desanuviar assim que me virasse, mas sinceramente queria ficar ali parada, estagnada, congelada naquele momento e fazer cortar para uma cena seguinte em que o assunto morreria...
Mas não era um filme, eu precisava saber que horas eram, onde estava, achar minhas roupas e sumir dali (sempre essa parte chata).
Então respirei coragem e finalmente me virei e encarei o dono do braço que estava na iminência de acordar.
E por um segundo eu perdi o ar. Diante de uma das imagens mais bonitas que já vi na vida de cabelos cacheados, rosto bem desenhado, cavanhaque, ele era simplesmente lindo, foi o tiro no escuro mais bem dado que eu havia disparado durante a madrugada. Queria ficar ali pra sempre vendo aquele cara que parecia um sonho.
Ele acordou e atras dele vi o relógio (maldito tempo marcado) 9:27 a.m. P.Q.P!!
Finalmente vi minhas roupas jogadas ao chão do lado dele, sentei na sua cintura e abaixei pra pegar as peças, mas ele me segurou, olhou nos meus olhos (lindos olhos cor de mel) me deu um bom dia seguido de um beijo doce e irresistível, derreti. E voltamos a nos pegar animalescamente. E me lembrei da parte boa da noite, não como fui parar la, mas o que fui fazer la.
Eramos fisicamente perfeitos um para o outro, como almas gêmeas, como se nos conhecêssemos há anos, pq ele não enrolava com números que nunca me agradaram, pelo contrário, sabia exatamente o que fazer pra me deixar vertiginosa várias vezes seguidas. Nos encaixávamos perfeitamente bem naquele vai e vem sem conversa. Quando finalmente sossegamos ofegantes, ele me olha e diz: "Deita no meu peito!" (e o relógio me mandando ir embora...), ali eu me aninhei e fiquei, como se fossemos amantes ha milênios, sentindo aquela paz absurda que só uma paixão de verdade sabe transmitir num momento desses.
Depois conversamos, milhões de assuntos em comum, e ele não era só lindo, era também inteligente e engraçado, jornalista sarcástico (coisa que eu adoro em homens). Parece que falamos de tudo naquela manhã.
Finalmente tomei coragem pra me vestir e ir embora, levantei, peguei minhas roupas e dei risada, dizendo:
"Vc definitivamente não estava nos meus planos essa noite!"
"Pq?" - ele perguntou com aquele sorriso lindo.
"Minha calcinha é bege!!" (rimos)
"E mesmo assim conseguiu ser linda!"
Reparei e comentei dos seus livros na estante, alguns da minha área inclusive, discutimos sobre alguns intelectuais e eu vi que era perfeito de mais. Ele pediu meu número e eu neguei.
Amor de verdade e eterno existe, esse ai era um desses. Não queria que um monte de sentimentos mundanos me separasse dele, e isso era fatal se tivéssemos contato, pq todos os meus casos acabam de maneiras escrotas. Esse eu tinha que salvar, esse seria um final feliz para sempre. Ele não era um cafa naquele momento, queria deixá-lo nesse ideal, como devia ter feito com tantos outros na minha vida.
Nos despedimos no metrô com beijo demorado e relutante. Ele me deixou ir.
Amores perfeitos são aqueles que não acabam nunca, pq nunca começam de verdade!
Eramos fisicamente perfeitos um para o outro, como almas gêmeas, como se nos conhecêssemos há anos, pq ele não enrolava com números que nunca me agradaram, pelo contrário, sabia exatamente o que fazer pra me deixar vertiginosa várias vezes seguidas. Nos encaixávamos perfeitamente bem naquele vai e vem sem conversa. Quando finalmente sossegamos ofegantes, ele me olha e diz: "Deita no meu peito!" (e o relógio me mandando ir embora...), ali eu me aninhei e fiquei, como se fossemos amantes ha milênios, sentindo aquela paz absurda que só uma paixão de verdade sabe transmitir num momento desses.
Depois conversamos, milhões de assuntos em comum, e ele não era só lindo, era também inteligente e engraçado, jornalista sarcástico (coisa que eu adoro em homens). Parece que falamos de tudo naquela manhã.
Finalmente tomei coragem pra me vestir e ir embora, levantei, peguei minhas roupas e dei risada, dizendo:
"Vc definitivamente não estava nos meus planos essa noite!"
"Pq?" - ele perguntou com aquele sorriso lindo.
"Minha calcinha é bege!!" (rimos)
"E mesmo assim conseguiu ser linda!"
Reparei e comentei dos seus livros na estante, alguns da minha área inclusive, discutimos sobre alguns intelectuais e eu vi que era perfeito de mais. Ele pediu meu número e eu neguei.
Amor de verdade e eterno existe, esse ai era um desses. Não queria que um monte de sentimentos mundanos me separasse dele, e isso era fatal se tivéssemos contato, pq todos os meus casos acabam de maneiras escrotas. Esse eu tinha que salvar, esse seria um final feliz para sempre. Ele não era um cafa naquele momento, queria deixá-lo nesse ideal, como devia ter feito com tantos outros na minha vida.
Nos despedimos no metrô com beijo demorado e relutante. Ele me deixou ir.
Amores perfeitos são aqueles que não acabam nunca, pq nunca começam de verdade!
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Me deixe desejá lo...
O que me move é a indiferença, eu sei é estranho dizer ou até admitir mas isso é o que me deixa excitada, me faz querer alguém. Já fui mto amada e sou grata por isso, mas não consegui viver com tanto afeto, tanto abraço, ligações e presentes. Juro que tentei mas não sei ser esse tipo de romântica, amo minha liberdade e prefiro mil vezes sentir saudade do que ficar sufocada em algum tipo de relação. Não me ligue! só realmente quiser falar comigo, minha vida não é cheia de novidades e SIM dá pra dormir sem dizer ou mandar sms "Boa noite, amor". Quando digo "indiferença" parece que sou aquelas mulheres frias que desprezam o sexo oposto, só que não é assim que sou(o oposto disso!),apenas sou indiferente a exageros, a coisas sem sentido que não necessárias para alguém ficar comigo. Pra mim o que vale é o MOMENTO. o antes e o depois pouco importa.
Quando estou com alguém, quero viver isso inteiramente, se a gente se conhece, se vai namorar, sei lá, não penso nisso, somente o quero por inteiro o tempo que pudermos. Depois, não sei.
Não Ligou?Ótimo, não tenho esse tipo de expectativa. Ligou! Eaí, minha vida continua...
Gosto de pessoas assim que vivem depois de me conhecer...Quando aparecem ou me ligam quando sentem saudade, mas saudade mesmo., pq poxa vida! dá pra sentir falta ligando, dia sim dia não???Não me ligue, me deixe com vontade de ouvir sua voz. Não se entregue assim tão fácil, seja misterioso, seja difícil, me deixe desejá-lo. Entregue apenas quando estivermos juntos, como se fosse a nossa ultima vez, ou melhor, como se fosse sempre a nossa primeira vez.
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Isso pareceu significar tanto (pra mim)
Alegría de la tristeza
En las viejas telarañas de la tristeza
suelen caer las moscas de sartre
pero nunca las avispas de aristófanes
uno puede entristecerse
por muchas razones y sinrazones
y la mayoría de las veces sin motivo aparente
sólo porque el corazón se achica un poco
no por cobardía sino por piedad
la tristeza puede hacerse presente
con palabras claves o silencios porfiados
de todas maneras va a llegar
y hay que aprontarse a recibirla
la tristeza sobreviene a veces
ante el hambre millonaria del mundo
o frente al pozo de alma de los desalmados
el dolor por el dolor ajeno
es una constancia de estar vivo
después de todo / pese a todo
hay una alegría extraña / desbloqueada
en saber que aún podemos estar tristes
. Mario Benedetti
Descobri que o medo que tinha de te soltar e deixar ir, era na verdade, medo de não sentir mais nada. Então guardei todas as suas mentiras, aquelas frases prontas e que pareciam fofas (mas não passavam de armadilhas) pra me lembrar ...
A verdade é que a tristeza é melhor que a frieza. Porque a tristeza ainda tem motivo, uma razão de existir e eu não posso me agarrar a mais nada, a não ser a ela. Já a frieza é um beco sem saída e faz tudo perder a cor, envenena qualquer chance.
Hoje o dia está assim, cinza, choroso, sem tato, mas ainda tem motivo e ainda se lembra de tudo aquilo que foi intenso, tudo aquilo que partiu e tudo o que perdeu... seja uma chance, uma pessoa, um sentimento, uma fase boa da vida.
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
Assinar:
Postagens (Atom)