terça-feira, 19 de agosto de 2014

Isso é amor, o resto são regras, baby!



"Se até o ano 2000 o mundo não acabar
E eu estiver vivo na rua ou num bar
Eu vou pra sempre te esperar

Blues é assim, baby
Blues é assim...

Quando eu estiver velho, tarado e gagá
Com um copinho de cana eu vou lembrar
Do teu gingado, e os meus olhos vão brilhar

Blues é assim, baby
Blues é assim

Mesmo que outras pessoas eu venha amar
E encontre com elas um pouco de paz
Eu vou pra sempre te esperar." - moska

Esse texto foi escrito por minha querida amiga, Livia. Uma das visões mais leves e bonitas que já vi de amor. :)
Espero que gostem. - Raquel



Uma tarde no interior ouvimos juntos essa música, tão nossa.                                 

Outro dia no bar me perguntaram se eu tenho um relacionamento. De novo! Depois de umas cervejas e umas doses de saco cheio a gente responde o que vem a cabeça, respondi que tenho amor, e isso basta. O curioso ficou meio confuso com a resposta, deu um sorriso sarcástico e disse; “Que triste, você ama alguém e não é correspondida”. Preferi levantar e pegar outra cerveja, sempre tive preguiça de falar com gente chata e inconveniente. Mas depois da embriaguez fiquei pensando nisso. As pessoas tem necessidade de rótulos e é como se a lógica da vida te obrigasse a seguir um script. Você conhece alguém e se apaixona, se a pessoa corresponder vocês ficam, depois tem que namorar e se der certo você casa, e qualquer coisa fora disso não é sério. Acho que é por isso que as pessoas cansam umas das outras, elas se apaixonam e depois criam regras pra acabar com o amor. Esse mundo é muito confuso ou nosso amor é que é. Nos amamos o ano inteiro, eu aqui e ele lá. Cada um tem sua vida e como a música diz “Esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar”.  Nos intervalos da rotina, quando o amor grita, largamos tudo e viajamos quilômetros por alguns poucos dias juntos e umas noites de amor. E depois o devaneio. Vivemos o amor como ele é, apenas nos amamos sem rótulos nem definições, sem exigências ou regras. Parece até filme que a menina ainda criança tem o primeiro amor por aquele cara mais velho, aquele sentimento ingênuo e puro que ainda vai ser descoberto com outras paixões. Foi assim que começou o meu, vivi todas as fases de amor; a implicância de criança, depois o frio na barriga quando se encontra, amei de longe e em segredo, até conheci as namoradas que ele teve (um porre). Mas minhas descobertas de sentimento foram todas com ele, os primeiros desejos, os sonhos, tudo em segredo. Tive meus namoradinhos, minhas paixões (outro porre), todos ficavam chatos e sem graça. Descobri que eu é que era incapaz de amar qualquer um que aparecesse, e ainda sou, até as bebedeiras são mais gostosas com ele. Um dia o tempo diminuiu o impacto da diferença de idade e nosso amor viveu no verão, e como vive! Esse amor safado, intenso, sacana. Mas eu sempre voltava pra realidade, ainda volto. As pessoas estão tão preocupadas em criar definições para o amor e fazer planejamentos que esquecem de viver o que há de mais lindo. Um dia quem sabe nossos sonhos se cruzem e nos aproxime, enquanto isso nosso amor vive nos intervalos e ganha força nos dias de trabalho. Parece loucura né, mas é amor, e a gente vive isso!!!

Por Lívia Antunes



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