Nove Meses TRUE!!

Oi pessoas!! Se acalmem...eu não estou grávida rs, continuo solteira e baladeira! rs Curtindo minha fase...

Hoje deixo vcs com o post da minha amiga grávida... pedi pra ela contar a gravidez como ela é na real (rs adooorooo rsrsrs), pq afinal de contas, mulheres solteiras também ficam grávidas... e é sempre bom saber como é passar por isso, non?Espero que gostem, ela fez com carinho!! =*

Olá a todos!!

Mais uma participação especial no blog. Aqui serei a Buchudinha*. Quem leu o post do chá de bebé já me conhece. Sou a amiga grávida que virou integrante de banda de black metal no tal evento rs. Confesso que estou me sentindo deslocada nesse blog cheio de mulheres solteiras e fanfarronas com seus copos cerveja, enquanto eu estou descabelada em casa, com o marido dormindo no sofá e o Cabeçudinho tentando se convencer de que ainda é possível se mexer dentro do casulinho que está. 

Compreendo o convite de escrever sobre o meu estado gravídico pela forma como a Ludi o chama: gravidez de verdade. Compreendo mas não entendo totalmente o que ela quer dizer com isso rs. Tenho algumas possíveis explicações: 

1 - Porque minha gestação está sendo tão tranquila que até parece mentira;

2 - Porque eu ainda sou retardada e ogra;

Ok, acho que são só essas duas mesmo rsrs. 

Não vou contar tudo o que aconteceu nesses 8 meses, até porque não lembro de muitos detalhes. Lição nº 1: gravidez acaba com a sua memória. E a minha já não era das melhores, então imagina. 

Bom, vamos para a lição nº 2 (que deveria ser a 1 por ordem de importância): seja lá o que estiver acontecendo ou que você estiver sentindo, a culpa sempre (SEMPRE) é dos hormônios. Do básico mudar de humor em segundos ao sangramento da gengiva, tudo é por causa desses benditos. Se você não tem paciência pra ficar procurando no Google e nem se desespera por qualquer coisa, culpe-os e vá dormir. 

Como já disse, minha gravidez está sendo bem suave, então não tenho tanta raiva assim dos hormoninhos. Para diversão da Ludi, costumava dizer que, se eu não tivesse visto o Cabeçudinho na ultrassom, eu acreditaria fácil que estava com algum enrosco no intestino. Até mesmo escutar o coração não me convenceu 100%, poderia ser o intestino roncando ahuahua.

O fato é que não tive enjoo, náusea, tontura, vômito ou qualquer coisa que faça você querer ficar jogada na cama até que o mundo decida fechar pra balanço. Tá, só uma vez fiquei meio estranha e a Ludi fez eu beber água tônica. Meu organismo entendeu na hora que eu não tava pra brincadeira e que, se ele continuasse a ficar de frescura, eu ia beber aquela tranqueira todinha (sorte minha, ooohh troço ruim...).

Isso posso dizer de praticamente todos os meses, só agora do 7º pro 8º mês que comecei a sentir uma azia aqui, um refluxo ali, barriga pesando acolá, mas nada que me derrube. Aliás, não gosto de ficar me gabando, mas a minha rotina é puxada para um ser em estado "normal", imagine somar uma gravidez nisso tudo. Moro em Santos, mas trabalho em Sampa, então dá-lhe fretado todo dia. Faço yoga segunda e quarta, e na quinta inglês. Então meninas, nada de fazer da gestação uma muleta para sua preguiça!

Agora vamos para o item 2: a ogrice. Ela já deu o ar da graça quando chamei meu filho de prisão de ventre ahauhau. Mas to tranquila, tem quem ache que é mioma rs. 

Um exemplo nítido de que eu devia morar no pântano foi a minha compra de enxoval. A começar pela forma true que aconteceu: no Brás, com a minha mãe, que tem uma loja de bebê e conhece os lugares mais baratos. Nada de Miami, Orlando ou Buenos Aires. Uma vez dentro da loja, foi dada a largada. Quando o marido perguntava o que faltava eu só sabia dizer "toalha...lençól...". Chegando lá me deparei com zilhões de itens que não podiam ser  escolhidos apenas porque gosto mais de azul do que verde, mas porque ele vai nascer no calor, vai usar pouca roupa pequena porque cresce rápido e vai ser grandinho...No meio de tantas possibilidades, uma me chamou a atenção em especial: porque ele vai babar/gorfar. Sinceramente, fiquei na dúvida se estou gerando um ser humano ou um São Bernardo. Exemplifico: 

- Vai levar travesseiro?

- Não, já veio um com o berço.

- Leva outro, ele pode babar bastante e você vai ter que tirar pra limpar.

Ainda na loja, minha cara deve ter ficado verde em mais duas situações, que aconteceram  em momentos e setores diferentes, mas que causaram o mesmo espanto na vendedora. Enquanto procurava um prendedor de chupeta e posteriormente um móbile, resolvi olhar a etiqueta...

- R$8,90 num prendedor de chupeta? Não, pode deixar que eu mesma seguro pra ele. 

HAUhauhau o mesmo vale pro móbile. Pode deixar que eu me pinto bem colorida e fico cantando em cima dele.

É...acho que essa é A explicação do pedido da Ludi de escrever este post. Para mostrar à vocês que ainda é possível imaginar essas porras lokas que vocês são agora sendo mães. Como ela disse em outro post, eu nunca fiquei me imaginando como mãe, nem sabia se teria um filho um dia. E agora estou aqui, curtindo demais esse momento. E do meu jeito, sem mudar o que eu sou. Não virei um anjo superprotetor de uma hora pra outra, nem sei dizer o que é e como se remediar quando alguém fala que não se sente bem, também não sei se vai chover ou esfriar mais tarde.  Não chorei quando ouvi o coração dele pela primeira vez (nem nas outras vezes), não chorei quando o vi na ultrassom, não estou me esgoelando de ansiedade pelo dia do nascimento, não comprei 200 livros de gestação passo a passo e de como cuidar de seu filho até os 80 anos, não fiz ultrassom 3D e menos ainda 4D. No meio de tantos nãos, o que realmente importa é um grande verdadeiro sim: SIM, EU AMO ESSE CABEÇUDINHO MAIS QUE TUDOOO. 

* o meu nick é uma homenagem à sutileza do ser humano. Hoje fui carinhosamente chamada assim por uma vizinha que eu mal converso. Um brinde à delicadeza! o/