quinta-feira, 23 de abril de 2015

Nas aventuras de Noel

           Gostava do jeito doce de Melissa, da voz suave de Angélica ou da voz rouca de Jéssica. Gostava do cheiro de Carolina, das mãos de Andreia, do Sorriso de Joana e dos Olhos de Silvana. Gostava de quando Luciana vestia minha blusa que ficava folgada e muito meigo nela, do jeito desengonçado e também tímido de Ângela de quando eu fazia qualquer brincadeira que a deixava sem graça. Gostava dos olhos de fúria de Rita, da sensibilidade de Márcia, das ideias de Bianca e dos beijos de Ana, Carla, Suzana e Meire. Gostava de quando Juliana trançava suas pernas nas minhas e se recostava sobre meu peito depois de uma transa. Gostava das caretas de Talita quando não gostava de algo que eu fazia. Gostava de como Mariana ganhava o mundo por apenas existir. Gostava da sinceridade de Elaine que não fazia rodeios quando algo lhe incomodava. Gostava da pegada forte, aquela que me dava extremo tesão, de Marina, Sueli, Daniela, Paula e Luíza. Gostava das loucuras de Renata em lugares públicos. Gostava da forma de gesticular e de argumentar de Ana Paula. Gostava dos cabelos macios de Gabriela, do bom gosto por perfume de Camila, de Larissa por roupas de ocasião e de Lucélia por lingeries. Gostava das conversas ao pé do ouvido e sempre prazerosas de Jaqueline. Gostava das ideias sensacionais de Marisa de mostrar lugares lindos pra se passar uma tarde inteira se beijando e se curtindo.Gostava do senso crítico de Bruna e do brilho nos olhos de Clara que indicavam a vontade e a energia de mudar e viver num lugar melhor ao seu redor.
           Das mulheres de minha vida, porém, não me restou nada além de lembranças(o que não é pouco). Todas elas foram de extrema importância pra mim, só fizeram acrescentar à vida desse coração vagabundo e abandonado. Mas por um descuido, infantilidade, natureza das coisas ou natureza minha somente, tudo se findava.
          Certa vez me colocaram a alcunha de pássaro, por não gostar de viver preso a uma gaiola, a uma rotina, a uma ideia ou… a uma mulher. Bom, o mundo dá voltas e o coração ainda bate, logo tudo ainda é passível, possível de ocorrer, porém uma coisa realmente não dá pra negar: voar livre e só é de fato minha alma.

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