terça-feira, 11 de novembro de 2014

A raiz do meu samba



São as traves de chinelo, são os morros íngremes, são as meninas em sua "deselegância discreta", são os carros com altos falantes no último volume, são os eletro bregas oriundos das residências, são residências de tijolos expostos, é a briga em palavras de baixo calão entre vizinhos, é a muvuca do vai e vem de jovens pelas ruas, é o Smartphone tocando funk ou pagode, são as roupas de marca conhecida, é a ostentação de cabelos descoloridos, “descomuns” e de brincos possivelmente de ouro nas orelhas dos meninos, são as barrigas com piercing e as pernas de fora das meninas, são as infinidades de gírias, sotaques e trejeitos, são os meninos que correm pelas ruas descalço, são becos, vielas, córregos, pichações, é o “corpo estendido no chão”, é o boteco com discussões assíduas sobre o clássico do último domingo com ovos coloridos e torresmo sobre a mesa, é a fofoca da vizinhança, a mãe chamando a atenção do filho, é a massa chegando do serviço e cumprimentando seus chegados, são os emaranhados de fios de gambiarra, é o senhor contando sua história de vida e o jovem com um 38 na mão a um fio de não ter sua história vivida, é a igreja evangélica no ápice do culto, é o som ao lado. É A PERIFERIA! 
                                 

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