terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"Madrugada chegou"


Voltando de uma reunião com amigos às 3 da manhã me deparo com uma situação inusitada. Estou sozinho, caminhando cerca de 2 km até minha casa, e eu me sinto bem. o me sinto mal por estar só, pelo contrário, gostaria que esses 2 km de trajeto fossem 5, 8, 10... pois me sinto livre! Nesse exato momento estou com meu celular em mãos, pois senti a necessidade de expressar o que sinto agora, em palavras, embora isso seja impossível, mas a simultaneidade do ocorrido talvez faça com que as palavras sejam mais verdadeiras,sintéticas em relação aos meus sentimentos.
Ando no meio da avenida, me sinto humano, sinto algo que nunca senti antes. Há uns minutos atrás estava ouvindo música, mas diante do raro momento de silêncio existente resolvi tirar os fones e ouvir meus próprios passos. Eles pareciam querer dizer algo que não sei bem o que é, mas sim, eles diziam algo. Passei também por uma caçamba de construção civil para a qual minha liberdade gritou pra que eu subisse a depositaria de entulhos, não resisti, subi, porém logo desci, pois já não estava tão só. O gozo de minha liberdade havia se findado nesse momento por um porteiro de um prédio da avenida da qual eu passava.
Exceto uma dor no joelho esquerdo, não sinto medo, não sinto cansaço, não sinto nada. Sinto apenas uma ausência de regras sociais onde eu faço aquilo que tenho vontade. A ausência de pessoas me fez sentir isso além da noite que faz minha libido criativa fluir de forma descomunal.

Não sei bem a coerência, a coesão e nem a estrutura do texto que escrevo agora, pois só tô escrevendo o que vêm na alma e tô achando lindo!
Pois bem, agora me aproximo de casa. Volto a sentir a rotina gritando em mim. O colorido da noite agora é um cinza; sonífero que irá me fazer dormir pra que tudo volte a ser "normal"


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