segunda-feira, 1 de abril de 2013

Não era mentira



Essa data sempre me faz lembrar de vc, aliás mais que lembrar simplesmente de vc. Faz com que eu lembre que um dia fomos cúmplices, e nos sentíamos protegidas  uma ao lado da outra. Que um dia nos importamos de verdade e cuidávamos uma da outra. Que um dia nos divertimos e demos as melhores gargalhadas (uma da cara da outra, as duas juntas gargalhando do mundo que parecia não ser nosso espaço). Que um dia nos identificamos e pensamos que era sólido como aço, indestrutível por ser tão óbvio o que se sentia quando se tratava de nós duas.
Éramos dessas amizades eternas, verdadeiras, livres. Contávamos uma com a outra mesmo que a distância, tínhamos planos engraçados e sérios também, tínhamos broncas uma pra outra na ponta da língua. 
A parte que eu mais amava em tudo o que havia era que quando me via numa situação absurda (e naturalmente cômica, como tudo o que tocávamos), automaticamente já imaginava vc na cena, já sabia o que ia dizer, como ia rir, as ironias ácidas que soltaria, acompanhadas com uma: "Só acontece com a gente, meu!". 
E tenho um carinho enorme por tudo isso, cada mínimo detalhe, de como as coisas eram simples, de como era natural que estivéssemos prontas pra nos ajudar e entender e superar. Vc me completava e sabia disso.
Tenho carinho por ter aprendido tanto com vc, por ter milhões das melhores histórias do mundo pra contar por sua causa e tenho carinho principalmente pq sei que era recíproco, era verdadeiro.
Não tenho raiva de não ter sido pra sempre, de ter perdido isso que tanto me fez livre, que tanto me fez rir e enxergar muitas coisas no mundo.
Não tenho raiva de saber que acabou tudo por um motivo ridículo, por um mal entendido idiota, por uma pessoa que falou de mais sem ter vivido um terço do que vivemos juntas. Simplesmente as coisas são assim mesmo na vida, o prazo vem e leva o que tem que levar, mas não é mentira se eu disser que ainda amo muito e dou risada quando lembro, não é mentira se eu disser que vc ainda é importante pra mim. E sinto falta quando vc contava uma mentira absurda no primeiro de abril de anos seguidos e eu sempre caia, SEMPRE.
É uma das lembranças que sempre vou guardar com carinho.
"É sempre amor mesmo que alguém esqueça o que passou, é sempre amor mesmo que mude, mesmo que acabe..."
 
** post em homenagem a amiga que me deu esse blog. To dizendo que ela só me deixou coisas boas? :)


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Um comentário:

  1. Tá se tornando repetitivo o fato de eu vir aqui e dizer que "poxa como me identifiquei", mas é sempre assim, todas as vezes. Passei por uma história parecida, os mal entendidos roubam muito da gente, nostalgia que senti agora, e é bem assim, a pessoa acaba indo embora, mas as lembranças ficam e fazem rir e fazem desejar que a pessoa esteja de volta, fica um espacinho vazio que ninguém ocupa.

    Adorei o texto, Ludi, ops! Raquel. Ainda vou me acostumar, prometo!

    Beijos, querida.
    semprovas.blogspot.com

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