Acordei, escolhi a roupa que já estava jogada no puff, usada.
Não queria pensar em outra combinação. Não queria pensar, na verdade.
Olhei-me no espelho, sorri, lavei o rosto, escovei os dentes,
olhei pra mim, to triste, mas preciso achar uma saída Vou achar.
Sempre acho.
Atravessei a cidade, tava frio. Pensei em vc, vi aqueles
mesmos lugares no meio do caminho, passo por eles como se fosse encontrar algo
ali. Não encontro. Não quero esquecer. Preciso esquecer. O vento gelado vai
dando tapas na minha cara, não sei por onde começar a arrumar a bagunça daqui
de dentro, não sei se era mesmo pra ser assim.
Chego no trabalho e mudo de humor a cada duas horas,
religiosamente. Sinto saudades.
O tempo passa e me esmaga, sei que daqui quinze dias mais
nada disso aqui vai me restar, vou partir pra longe, vai ser bom, eu sei, mas
vai doer também... Ter que fechar essa porta e mergulhar mais uma vez no
desconhecido. Tenho medo, finjo não ter. Muito medo.
Vou deixar tudo pra trás, o que eu senti vai ficar.
Lembro do seu olhar, sinto uma fisgada.
Ainda da tempo de fazer minha alma do tamanho do mundo pra
que possa ter valido a pena?
Imagino como vai ser o seu ultimo olhar. Vai ser só um olhar?
Vai acontecer ou será que ja aconteceu? Sinto outra fisgada.
Minhas costas doem. Tenho que estudar para as provas. Tenho
que sobreviver. Tenho que acertar minhas dividas. Resolver os impasses da
faculdade. Mandar curriculos. Preciso de um emprego, mas não é nada disso que
me aflige de verdade. Deveria ser, mas não é.
Não vou mais te ver. Não vou mais te encontrar no elevador ou
no corredor ou do lado de fora nem em lugar nenhum.
Minha esperança morre aos pouquinhos, me tortura.
Tenho que cuidar de mim. Tenho que achar meu equilíbrio.
Ninguém vai saber ou entender o que isso significou pra mim,
ninguém precisa saber.
Tento não pensar, tento me distrair dessa incerteza
opressiva, tento desesperadamente me agarrar a algo que possa trazer qualquer
luz. Respiro.
Na volta pra casa o ar frio da Av, Paulista e mais uma
fisgada, um dia no final. Há 3 meses atrás isso era tudo o que eu queria, e
pensar assim me deixa pequena. Mudei e tropecei e então vi tanta coisa que já
tinha feito... Mais um dia se passou rápido e triste. No metrô choro em
silencio, não sei o que eu fiz e muito menos o que fazer, não queria esquecer
ou dizer tchau. Preciso dizer.
* Queridos, nosso blog agora tem página no Facebook! Dá um curtir por lá ;D
Uma duvida que sempre tenho aki... post ficção ou real?
ResponderExcluirmais real do que eu gostaria que fosse :(
ExcluirSão Paulo é perfeita pra sentir tristeza e saudade, a megalópole indiferente e dura aos nossos erros
ResponderExcluirao arrependimento....
Já Compartilhei essa mesma tristeza. Tudo se torna tão vazio, tudo faz com que você relembre os momentos bons.
ResponderExcluirÉ um sentimento triste MUITO triste.
Sobre o que há aqui dentro ( de mim): Mas que blog interessante! Acabei de descobri-lo! Vou vasculhar,pois sinto que irei encontrar postagens que vão me fazer pensar: é isso mesmo o que eu penso! Tomara que eu esteja certa.
ResponderExcluirBeijos. ;)
Seguindo.
www.amantesdiamantes.blogspot.com
Pooooxan,eu comentei aqui,mas nao ficou o comment. Era algo tipo assim:
ResponderExcluirSobre o que há aqui dentro (de mim): Que blog é esse,hein? adoro essa ousadia! haha
Sinto que me identificarei com algumas postagens daqui,vou já vasculhar.
Beijo.
Seguindo!
www.amantesdiamantes.blogspot.com
Ah tá,acabei de ler o "seu comentario estará visível depois de ser aprovado",por favor,considerar só o primeiro comentario,ta bom?
ResponderExcluirThanks ;*